segunda-feira, 28 de março de 2011

Eleições, segundo Pedro Faleiro da Silva

Caros Sportinguistas,




Aconteceu, neste fim de semana, o pior que podia ter sucedido no nosso clube. Estas eleições aumentaram a clivagem entre a massa associativa e culminaram com episódios, de todo, evitáveis que em nada dignificam o nosso clube.



Como sucedeu por diversas vezes ao longo da campanha, voltaram a surgir na imprensa rumores não confirmados apresentados como notícias factuais. Algo que terá contribuido para incendiar os ânimos, aquando da real apresentação de resultados.



Importará aqui esclarecer o que realmente sucedeu durante a contagem de votos esperando que compreendam que o meu único interesse é ajudar a esclarecer e serenar os ânimos, a bem do futuro do nosso Sporting Clube de Portugal. Como sabem, a lista da Associação de Adeptos Sportinguistas concorreu de forma independente, pelo que espero que tal seja considerado durante a leitura deste artigo.



O delegado da nossa lista transmitiu-me o seguinte:



“A partir das 21:00, altura em que começou o escrutínio, nenhuma das pessoas presentes na sala tinha acesso ao telemóvel ou a qualquer outro tipo de contacto com pessoas de fora, portanto todas as noticias que deram nota que um ou outro candidato ia à frente ou a trás foram pura especulação não baseadas em factos e não foram oriundas da sala de escrutínio.





O método seguido foi o da contagem simultânea de todas as urnas por categoria de votos 1,4, 7 até ao 25. Todos os votos foram contados e validados pelo menos por 2 pessoas, selados e lacados após o que se elaborou a respectiva acta da mesa. Após a elaboração de todas as actas da mesa, às 04:05 da manhã , fomos então para a sala reservada colocar os números dos votos na aplicação de cálculo das % e de apuramento dos resultados.



Quando colocámos os resultados para o Conselho Directivo verificámos que a lista A (Godinho Lopes) tinha mais votos (360) que a lista C (Bruno de Carvalho) mesmo tendo este último bastantes mais votantes (“de memória” 6050 para BdC e 4530 para GL). Verificámos os números na folha de cálculo e demos por encerrado o acto eleitoral.



Como resulta do que disse acima, não houve nenhuma recontagem de votos, nem nunca nenhum candidato esteve à frente ou atrás com x ou y votos. Colocámos os dados na aplicação informática e obtivemos os resultados, e só após isso foram comunicados aos candidatos em primeira mão.“



De realçar o facto dos delegados presentes não terem exercido qualquer função durante o apuramento dos resultados, para além do papel de “observador”.



Dada a pequena diferença nos resultados eleitorais, parece-me normal que o candidato vencido queira uma recontagem, dado que um pequeno erro na contagem pode ter influência decisiva. Não coloquemos a integridade dos colaboradores do clube em causa. Foram inexcedíveis a procurar que tudo corresse dentro das normas estabelecidas e discutidas antes da Assembleia Geral Eleitoral entre todas as listas concorrentes.



Mas não façamos deste normal desejo de re-verificação (apesar de não solicitado pelo delegado da Lista vencida no momento) uma batalha entre quem apoia um candidato ou outro.



Não me parece que o Sporting Clube de Portugal sobreviva a isso, dado o momento critíco que a organização vive. Só podem existir apoiantes do Sporting Clube de Portugal!



Resultam destas eleições lições que todos devem analisar para memória futura:



A responsabilidade que deve prevalecer em quem tem o dever de informação – imprensa.

A responsabilidade de todos os candidatos em manter uma campanha pautada pelo respeito e elevação, por forma a evitar extremismos e conflitos entre apoiantes

A urgente necessidade de uma real reforma estatutária no clube que permita, entre outras coisas:

Voto electrónico,

Possibilidade de voto fora de Lisboa,

Alteração da ponderação de votos,

Estabelecimento de uma segunda volta nas eleições do clube

Está também na mão de todos nós, sportinguistas, terminar com este clima de guerrilha, apenas e só porque discordamos de determinada visão. Podemos discordar sem insultar e sem nos agredirmos mutuamente, debatendo de forma salutar todos os assuntos.



No meio de tudo isto, referir que a Associação de Adeptos Sportinguistas – Lista I ao Conselho Leonino, obteve mais votos que há dois anos, tendo mantido os conselheiros leoninos que detinha. Dado o exposto acima, nem há qualquer motivo de celebração sobre tal resultado. Apenas preocupação com o futuro do nosso clube.



O Sporting está no nosso coração mas o seu futuro vive nas nossas acções. Deixo um último apelo à serenidade de todos!



Viva o Sporting Clube de Portugal!



Saudações Leoninas,



Pedro Faleiro Silva

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